Luta contra fechamento da Ford ganha apoio dos metalúrgicos da Chery
Trabalhadores fazem assembleia na fábrica em Jacareí

Os metalúrgicos da Caoa Chery, em Jacareí, somaram-se à luta contra o fechamento da Ford no Brasil. Em assembleia realizada nesta sexta-feira (15), os trabalhadores aprovaram o apoio e solidariedade aos companheiros da montadora de Taubaté.
O drama dos funcionários da Ford também leva preocupação para outros trabalhadores do setor automotivo. Na quinta-feira (14), foi a vez dos metalúrgicos da GM apoiarem os companheiros de Taubaté.
Apesar dos incentivos bilionários recebidos ano a ano pelas montadoras, o governo federal não exige estabilidade no emprego como contrapartida.
Na assembleia, os dirigentes sindicais reforçaram a necessidade de união dos metalúrgicos neste momento. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, Cláudio Batista da Silva Júnior, o Claudião, participou da assembleia e criticou o governo Bolsonaro por abandonar os trabalhadores da Ford.
Em todo o país, a montadora fechará 5 mil postos de trabalho diretos. É importante lembrar que o desemprego no Brasil está atingindo níveis recordes por causa da pandemia, com 14 milhões de pessoas sem trabalho.
O presidente do Sindicato de São José dos Campos, Weller Gonçalves, lembrou das grandes lutas travadas pelos metalúrgicos da Chery, que tiveram amplo apoio de trabalhadores de outras bases.
“Só vamos conseguir que a Ford permaneça no país se houver união da classe trabalhadora. Esta é uma luta que precisa ser de todos nós”, afirmou o diretor do Sindicato Guirá Borba.
“Estaremos juntos até o final. Os metalúrgicos da Chery de Jacareí lutarão lado a lado com os companheiros de Taubaté”, disse o diretor do Sindicato Anderson Elias Xavier, o Costela.

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