Perspectivas

Com vacinação emperrada e sem auxílio emergencial, brasileiros já têm motivos para se preocupar em 2021

Administração de Jair Bolsonaro pode criar "tempestade perfeita" no Brasil

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Multidão se aglomera por auxílio emergencial
Multidão se aglomera por auxílio emergencial

Sob o governo Bolsonaro, 2021 começa com muitas incertezas e preocupações para a maior parte da população. O fim do auxílio emergencial, o aumento do desemprego e a demora do Planalto em traçar um plano nacional de vacinação contra a covid-19 podem trazer uma “tempestade perfeita” para o Brasil já nos próximos meses. 

O país fechou o ano de 2020 com o índice de desemprego em 14,6%. O número equivale a 14 milhões de pessoas e é o maior da série histórica medida pelo IBGE, desde 2012. Com o fim do auxílio emergencial, que terá suas últimas parcelas em janeiro, a tendência é que o cenário se agrave. 

Dos 67 milhões de brasileiros que receberam o auxílio emergencial, 36% afirmaram que o benefício era sua única fonte de renda, em dezembro do ano passado. Com o desemprego nas alturas, as chances de se conseguir uma vaga são desanimadoras.  A procura pelo ganha pão vai ocorrer em meio a um segundo avanço da pandemia no país. 

Vacinação atrasada
Mesmo com quase 200 mil mortos e 8 milhões de infectados pelo vírus no país, o governo ainda não tem definida a data para iniciar a vacinação. Como resultado do negacionismo de Bolsonaro em relação à gravidade da doença, o Brasil patina e coleciona uma sucessão de erros no combate à covid-19. 

Ao contrário dos demais países que se apressaram para firmar acordos com as empresas farmacêuticas, o Brasil dormiu no ponto e demorou para garantir as doses necessárias para frear a pandemia. 

Além disso, o governo apostou apenas no imunizante produzido pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, em parceria com a empresa AstraZeneca. Até o momento, somente 2 milhões de doses estão garantidas para o uso emergencial. 

O governo também mostra dificuldades na compra de agulhas e seringas para a aplicação. Apesar da urgência dos fatos, o primeiro pregão ocorreu apenas na última semana de 2020, com a compra de 3% das 331 milhões de unidades necessárias. 

Enquanto isso, o Ministério da Saúde segue com dificuldade para distribuir cerca de 7 milhões de testes, que já tiveram as validades vencidas e foram prorrogadas pela Anvisa. O novo prazo termina em abril. 

Ano de luta
A defesa da vida, do emprego e de melhores condições para os trabalhadores novamente estão na pauta das lutas. É necessário exigir a vacina, mas também um programa que garanta renda, saúde e dignidade a todos, como as alternativas apresentadas pelo plano emergencial da CSP-Conlutas. 

“Está claro que a administração de Bolsonaro gerou um caos ainda maior no país já abatido pela pandemia. Precisamos estar fortes e confiantes na unidade de nossa classe e exigir medidas que garantam vacinação e renda para todos”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.


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