Sem acordo em audiência, trabalhadores da MWL mantêm greve
Nova assembleia deverá ocorrer na porta da fábrica, na quinta-feira
A audiência de conciliação entre o Sindicato e a MWL, nesta terça-feira (27), mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT), terminou novamente sem acordo. Agora, o dissídio deverá seguir os trâmites na Justiça até a divulgação da data para julgamento.
Com isso, a greve dos metalúrgicos em defesa dos empregos e contra o fechamento da fábrica continua. Uma nova assembleia deverá ocorrer na porta da fábrica, na quinta-feira (29).
A intransigência da empresa foi de novo a tônica das negociações. A direção da MWL não apresentou uma proposta concreta ou garantia de pagamento das verbas rescisórias, em caso de fechamento da fábrica. A postura foi a mesma adotada na audiência do dia 20.
Na audiência, sob o comando da desembargadora Tereza Asta Gemignani, o Sindicato propôs como condição para o fim da greve o pagamento dos 36 dias de paralisação, regularização do transporte e alimentação na fábrica. Nenhum dos pontos foi aceito pela empresa.
Os metalúrgicos da MWL puderam acompanhar toda a discussão, em transmissão pela internet, no salão de assembleias do Sindicato.
Trabalho análogo à escravidão
A MWL insistiu em pagar os salários que foram cortados durante a greve somente em caso de retorno ao trabalho. A medida, além de ferir a lei de greve, foi denunciada pelo Sindicato como provedora de condições análogas à escravidão.
“Ficou evidente que a empresa quer dar o calote nos trabalhadores. O próprio Ministério Público se manifestou favorável à proposta do Sindicato, para que a MWL desse uma declaração colocando o maquinário como garantia do pagamento dos direitos trabalhistas. Neste momento é preciso que os trabalhadores continuem unidos em defesa dos empregos e direitos”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Renato Almeida.
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