Em Brasília

Três mil trabalhadores dos Correios protestam por direitos e contra privatização

Caravanas de 31 sindicatos, de todas as regiões do país, incluindo o Vale do Paraíba, participaram do ato


Ecetistas acompanham julgamento do dissídio
Ecetistas acompanham julgamento do dissídio - Foto: Angélica de Paula

Cerca de 3 mil trabalhadores dos Correios realizaram um grande ato em Brasília, nesta segunda-feira (21). Em greve há mais de um mês, eles protestaram em defesa dos direitos da categoria e contra o projeto de privatização da empresa. 

Caravanas de 31 sindicatos, de todas as regiões do país, incluindo o Vale do Paraíba, participaram do ato. Os manifestantes concentraram-se em frente o Ministério das Comunicações e seguiram em passeata até o prédio central dos Correios, na Esplanada dos Ministérios.

De lá, os trabalhadores acompanharam o julgamento da greve pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Um telão montado pelas entidades sindicais transmitiu a sessão ao vivo para os manifestantes. Até a publicação desta matéria, a audiência ainda não havia terminado. 

A greve dos trabalhadores dos Correios foi uma resposta ao plano do governo de redução de direitos trabalhistas. 
O general Floriano Peixoto, presidente da estatal, chegou a anunciar o objetivo de acabar com 70 das 79 cláusulas sociais do acordo coletivo que deveriam valer até 2021. 

Entre os principais direitos na mira do governo estão o vale-alimentação, auxílio-creche, licença-maternidade de 180 dias e adicional noturno. 

Contra a privatização
Os grevistas também estão em luta contra o plano de privatização dos Correios elaborado por Jair Bolsonaro e sua equipe econômica. A ideia do ministro da Economia, Paulo Guedes, é vender a empresa à iniciativa privada ainda este ano. A entrega dos Correios teria como consequência milhares de demissões e piora no atendimento à população.

Unificar as lutas
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Weller Gonçalves, participou da manifestação e defendeu a unificação das lutas de todas as categorias que estão em Campanha Salarial. O movimento dos demitidos da Embraer foi comparado ao dos trabalhadores dos Correios e encarado como exemplo da necessidade de união.

“A luta em defesa da manutenção dos direitos não é apenas dos Correios, mas de toda classe trabalhadora brasileira. E maior ainda será a luta contra a privatização. Da mesma forma, nós defendemos a reestatização da Embraer. Por isso, toda solidariedade dos metalúrgicos aos companheiros”, afirmou Weller.


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