GM demite 43 trabalhadores. Sindicato quer anulação dos cortes
Uma notificação extrajudicial foi enviada à montadora para contestar as demissões
A General Motors demitiu 43 trabalhadores, entre aposentados e portadores de doenças ocupacionais, na manhã desta segunda-feira (21), na unidade de São José dos Campos.
Para o Sindicato, as demissões não poderiam ocorrer por conta do estado de calamidade provocado pela pandemia do coronavírus e pelos acordos coletivos assinados no primeiro semestre justamente para se preservar os postos de trabalho. Outro argumento é que a GM acabou de realizar um PDV (Programa de Demissão Voluntária), que contou com a adesão de 235 trabalhadores.
Uma notificação extrajudicial foi enviada à direção da empresa, ainda na manhã desta segunda, para contestar os cortes. No documento, o Sindicato exige o cancelamento das demissões.
"A General Motors está se utilizando da crise do coronavírus para aumentar seus ganhos e fechar postos de trabalho. Não podemos aceitar demissões neste período de pandemia. Vamos à luta", afirmou o vice-presidente do Sindicato, Renato Almeida.
"Queremos estabilidade no emprego para os todos os funcionários do complexo", acrescentou.
Filiado à CSP-Conlutas, o Sindicato já fechou acordos de estabilidade em várias empresas, como TI Automotive, Caoa Chery e Blue Tech.
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