Em defesa dos empregos

Em audiência, Embraer recusa proposta para cancelamento de demissões

Simultaneamente à audiência, trabalhadores realizaram uma assembleia presencial e autorizaram o Sindicato a entrar com uma ação judicial para buscar o cancelamento das demissões

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Assembleia com trabalhadores da Embraer
Assembleia com trabalhadores da Embraer - Foto: Roosevelt Cássio

A audiência de mediação entre a Embraer e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, ocorrida na manhã desta terça-feira (8), terminou sem acordo. A empresa se recusou a atender a proposta do Sindicato para o cancelamento das 2.500 demissões e continuidade das negociações para que fosse encontrada uma alternativa aos desligamentos. 

A mediação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) – 15ª. Região foi conduzida pela desembargadora vice-presidente judicial, Tereza Asta Gemignani, com participação do procurador do Ministério Público do Trabalho Ronaldo Lira. 

O Sindicato propôs a adoção de um teto salarial na fábrica equivalente à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal, no valor de R$ 39.200.  Hoje, o teto na Embraer é de R$ 2.170.666,62 mensais, pago a um conselheiro. 

O valor a ser economizado com essa medida seria suficiente para manter o emprego dos 2.500 trabalhadores demitidos.  Em resposta, o representante da Embraer disse apenas que esses supersalários estão “de acordo com o mercado”.  
A Embraer também admitiu que não havia negociado as demissões com o Sindicato, contrariando as orientações dos tribunais.

Assembleia presencial
Simultaneamente à audiência, trabalhadores realizaram uma assembleia presencial e autorizaram o Sindicato a entrar com uma ação judicial para buscar o cancelamento das demissões. A assembleia foi na Praça Carlos Maldonado Campoy, próxima ao Sindicato, com todos os procedimentos de segurança sanitária. 

“O posicionamento da Embraer na audiência não nos surpreendeu. A empresa sempre foi intransigente e nunca demonstrou qualquer preocupação com os empregos e direitos dos trabalhadores. Agora a situação é ainda mais grave e desumana, considerando-se este cenário de pandemia. Este momento é de união entre todos os trabalhadores em defesa dos empregos e direitos”, afirma o diretor do Sindicato Herbert Claros.

Cobrança ao poder público
O Sindicato enviou cartas ao presidente Jair Bolsonaro, ao governador João Dória (PSDB) e aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) pedindo agendamento de reunião para discussão sobre a demissão em massa realizada pela Embraer. Os ofícios foram enviados por email, no sábado (5). Também será enviada carta ao prefeito de São José dos Campos, Felicio Ramuth (PSDB), e à Câmara Municipal.

“A Embraer é uma empresa que, mesmo após sua privatização, em 1994, continua recebendo dinheiro público por meio de financiamentos pelo BNDES. Recentemente, foi beneficiada com a liberação de R$ 3 bilhões. Não é possível admitir que a Embraer receba dinheiro público enquanto realiza demissão em massa”, diz um trecho da carta.

No dia 26 de junho, a Embraer assinou contrato de financiamento com o BNDES no valor de US$ 300 milhões. Outros US$ 315 milhões foram financiados por um consórcio de bancos privados e públicos, incluindo o Banco do Brasil.


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