Contra volta às aulas, Fórum de Lutas e professores fazem carreata nesta sexta
Ato é em defesa da saúde dos profissionais e alunos da rede pública de ensino
Professores da rede municipal e entidades ligadas ao Fórum de Lutas estão organizando uma carreata contra o retorno das aulas presenciais nas escolas da cidade. A manifestação será nesta sexta-feira (21), às 13h30, com concentração em frente à Secretaria Municipal de Educação, na Vila Industrial.
Os manifestantes passarão pela Prefeitura, Secretaria Estadual de Educação e ruas centrais da cidade. Esta luta é em defesa da saúde dos professores e alunos da rede pública e contra a política de flexibilização da prevenção ao coronavírus adotada pelo prefeito Felicio Ramuth (PSDB).
Um balanço publicado pelo Sindicato dos Servidores de São José dos Campos (SindServ) apontou que, mesmo sem a presença dos alunos, a situação nas escolas já é muito preocupante. Até terça-feira (18), 59 funcionários que atuam na rede municipal testaram positivo para covid-19 e outros 83 estão com suspeita. É nesse cenário que o prefeito Felicio Ramuth (PSDB) quer forçar a retomadas das aulas.
Em nota, o SindServ manifestou que é expressamente contrário à volta dos alunos para as escolas e defende que os professores trabalhem de maneira remota. A entidade alerta que os alunos não estão preparados para o cumprimento das normas sanitárias e se tornariam vetores da doença.
Pais não querem retorno
A Prefeitura disponibilizou um questionário para os pais e responsáveis de alunos da rede municipal responderem se querem ou não o retorno das aulas presenciais.
O resultado parcial indica que 80% dos alunos do ensino fundamental e 81% do ensino infantil farão apenas as atividades remotas. O formulário ficará disponível até o dia 23 de agosto.
“Desde o início da pandemia, o prefeito tem demonstrado total desprezo pela vida da população, minimizando a gravidade do quadro na cidade e liberando a reabertura do comércio em um momento caótico. A luta dos professores deve ser de toda a população. Precisamos parar o prefeito e sua política desastrosa”, afirma o secretário geral licenciado do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.
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