Em defesa dos empregos, salários e direitos, uma luta em defesa da vida

Vivemos um dos momentos mais difíceis desse século com uma pandemia provocada pelo novo coronavírus que já ceifou a vida de milhares e contaminou milhões no mundo.

Só no Brasil já são mais de 100 mil mortos e mais de 3 milhões de contaminados. Esses números têm a digital do governo de Bolsonaro que desde o início da pandemia combateu o isolamento, única forma de conter o aumento do contágio e diariamente atenta contra os direitos trabalhistas e às liberdades democráticas conquistados na luta da classe trabalhadora.

Enquanto os ricos estão cada vez mais ricos, os trabalhadores sofrem com as demissões, o desrespeito aos direitos e o arrocho salarial: estudo divulgado no final de julho pela ONG OXFAM mostra que os ricos ficaram mais ricos durante a pandemia da COVID 19. O patrimônio dos bilionários brasileiros aumentou US$ 34 bilhões. Segundo o estudo, entre março e julho o patrimônio de 42 bilionários do Brasil passou de US$ 157 bilhões.

No Brasil, já somos mais de 40 milhões sem emprego e as medidas impostas pelo governo Bolsonaro liberaram a redução de salários, ataque aos direitos e a continuidade das demissões.

A Usiminas, uma das maiores siderúrgicas do país quer demitir mais de mil trabalhadores em suas empresas em Cubatão/SP e Ipatinga/MG. Os Sindicatos dos Metalúrgicos estão na luta contra mais esse ataque da siderúrgica que nos últimos dias divulgou que vai elevar seu plano de investimentos de R$ 600 milhões para R$ 800 milhões.

A Renault, montadora francesa demitiu mais de 700 trabalhadores em São José dos Pinhais/PR, contra as demissões os metalúrgicos junto com o Sindicato estão em greve desde o dia 22 de julho lutando pelos empregos.

Unidade de ação para lutar em defesa dos direitos, dos empregos, dos salários: desde a reforma trabalhista imposta pelo governo Temer em 2017 e potencializada pelo governo da morte de Bolsonaro, os direitos garantidos nas Convenções Coletivas de Trabalho através de muita luta pelos trabalhadores junto à seus Sindicatos estão sob constante ameaça, dessa forma as Campanhas Salariais se transformaram em mais uma trincheira de resistência em que além de buscarmos a reposição das perdas e o devido aumento salarial, estamos em luta para garantir os direitos.

Para fortalecer a luta em defesa dos direitos, dos empregos e salários, os Sindicatos dos Metalúrgicos que fazem parte da CUT, da CSP-CONLUTAS, da CTB, da Força Sindical e da Intersindical - Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora estão construindo um calendário unitário de mobilização para as Campanhas Salariais desse segundo semestre: a unidade tem por objetivo ampliar a mobilização para proteger os direitos, empregos e salários. Além disso, na pauta está a exigência de medidas que garantam o devido isolamento e medidas sanitárias para combater a proliferação do contágio pelo novo coronavírus. Essa unidade de ação também está sendo construída nos diversos outros ramos de atividade em que os trabalhadores também têm data-base nesse segundo semestre, unidade fundamental para avançarmos na luta do conjunto da classe trabalhadora.

É na luta organizada da classe trabalhadora que garantimos direitos, é na luta que vamos impedir que eles acabem. Lutar para enfrentar os ataques patronais e o governo de Bolsonaro É UMA LUTA EM DEFESA DA VIDA.

Assinam esse documento:

Sindicatos dos Metalúrgicos de Campinas e Região, Limeira e Região e Baixada Santista, filiados à Intersindical
Sindicatos dos Metalúrgicos do estado de São Paulo filiados à FEM/CUT-SP
Sindicatos dos Metalúrgicos do estado de São Paulo filiados à Força Sindical
Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas
Sindicato dos Metalúrgicos de Jaguariúna e Região, filiado à CTB