Campanha Salarial 2020

Metalúrgicos vão à luta por 9,5% de reajuste, em defesa da vida, estabilidade e ampliação dos direitos

Pauta de reivindicações foi definida em assembleia virtual neste sábado (18)

| Atualizado em

Votação ocorreu de forma virtual
Votação ocorreu de forma virtual

A Campanha Salarial 2020 já começou na categoria. Na Assembleia Geral, realizada neste sábado (18), de forma virtual, os metalúrgicos definiram a pauta de reivindicações. Em um ano marcado pela pandemia, vamos exigir 9,5% de reajuste salarial, sem esquecer a luta pela saúde e vida dos trabalhadores, estabilidade no emprego e ampliação nos direitos.  

Mais uma vez, será necessária muita união para garantir o aumento real de salário. A inflação prevista para o período (setembro de 2019 a agosto de 2020) é de 2% pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Com isso, fica garantido um aumento real de 7,5%. 72 trabalhadores de 25 fábricas da região participaram da atividade.

É esperado que os patrões se utilizem da quarentena e da paralisação de parte da produção para empurrar acordos rebaixados, mas os metalúrgicos não vão cair nessa ladainha. Grande parte da categoria já sofre com a redução dos salários, devido à Medida Provisória (MP) 936, editada pelo governo Bolsonaro no contexto da pandemia.

Responsável pela elaboração do índice de reajuste, Gustavo Machado, economista do Instituto Latino Americano de Estudos Sócio Econômicos (Ilaese), afirma que o trabalhador já está pagando a conta da crise criada pelo novo coronavírus. Segundo estudos, as perdas salariais causadas pela MP 936 chegaram a mais de 50% em algumas fábricas da região.

Além disso, ele também denunciou a prática adotada pelos empregadores que demitem funcionários com salários mais altos para, em seguida, recontratá-los com vencimentos rebaixados. A manobra levou à redução da massa salarial na categoria em 20% e já atingiu 6 mil metalúrgicos.

Combate à covid-19
A Campanha Salarial deste ano também terá como eixo a luta pela saúde dos trabalhadores e o combate à covid-19. Por isso, os metalúrgicos aprovaram o protocolo de segurança que deverá ser aplicado em todas as fábricas. Entre os itens estão: testagem dos funcionários, abertura de CAT para casos confirmados, desinfecção e acompanhamento da Cipa.

Contra as demissões
A luta por estabilidade no emprego também ganhou um caráter essencial na Campanha Salarial 2020. Como o país passa por uma grave crise social, agravada pela pandemia, o Sindicato irá exigir o respeito à convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que proíbe a demissão imotivada.

Mulheres
Também foi aprovada a pauta específica das mulheres metalúrgicas, apresentada pela diretora Luciene Silva. Entre os principais direitos a serem reivindicados estão a licença maternidade de 12 meses, o respeito à ausência justificada e o suporte para as trabalhadoras vítimas de violência doméstica.

Força da base
Como de costume, os ativistas de base do Sindicato marcaram presença. Nas intervenções, Eduardo Gabriel (Latecoere), Marcelo Cavalo (Wirex Cable), Amadeus (Gerdau) e Arthur Cesário (Prolind) falaram da importância da união dos trabalhadores. Com mobilização o Sindicato vai fortalecido para as negociações por salário e renovação dos direitos.

Fora Bolsonaro
Além da luta de viés econômico, é importante que a Campanha Salarial promova o debate político. No encerramento da assembléia, o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves, defendeu que só será realmente possível proteger a vida e os empregos dos trabalhadores derrubando o governo de ultra-direita de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão.

“Realizamos uma assembléia virtual, mas a luta dos metalúrgicos segue a mesma. Nesta Campanha Salarial vamos novamente mostrar nosso poder de organização para exigir o índice de 9,5%. Além disso, nosso compromisso é com defesa da vida dos trabalhadores, pela estabilidade no emprego e a ampliação de direitos”


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