Após estado de greve, metalúrgicos da Prolind e Movent garantem PLR e aumento real

Depois de rejeitarem duas propostas de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e entrarem em estado de greve, os trabalhadores da Prolind e da Movent, de São José, conquistaram um benefício de R$ 3.300. O valor foi aprovado em assembleia, nesta quinta-feira (9).

A votação foi em cédula, de forma secreta, e ocorreu em três turnos. 118 trabalhadores votaram a favor, 54 contra e um absteve-se.

No início das negociações, as empresas ofereceram uma PLR de R$ 2.000, além da adoção de banco de horas. Os trabalhadores não aceitaram a proposta, foram para cima e entraram em estado de greve.

E a luta deu resultado. Garantiu a eles uma PLR de R$3.300, paga em duas parcelas (julho e fevereiro de 2021). Além disso, a ideia de implantar banco de horas ficou para trás.

Os companheiros também conseguiram que os acordos individuais, da MP 936, realizados durante a pandemia, sejam convertidos em acordos coletivos, garantindo estabilidade no emprego aos trabalhadores.

Campanha Salarial
Durante as negociações de PLR, a Prolind e Movent tentaram empurrar um reajuste salarial com reposição apenas da inflação. Porém, essa proposta foi rejeitada. Os trabalhadores conseguiram, após mobilização, que a empresa pague aumento real nos salários de até 1,5%.

Além disso, a convenção coletiva da categoria foi renovada, na íntegra, por dois anos.

Recentemente, o setor de autopeças da Prolind foi vendido à multinacional Movent. Juntas, elas somam 220 funcionários e produzem peças para todas as montadoras da região.

“Os avanços nas negociações, os valores e direitos que as empresa não queriam conceder, foram conquistados pelos trabalhadores com muita luta. Sem dúvida, a mobilização dos companheiros da Prolind e Movent serve de exemplo para a categoria”, afirma o diretor do Sindicato Cristiano Souza Silva.