Contra os trabalhadores, Força e UGT defendem redução de salários mesmo após pandemia
Centrais defendem que a MP possa ser usada também em outros momentos de crise
As centrais sindicais Força Sindical e UGT querem tornar definitiva a Medida Provisória 936, que permite redução de salário e jornada durante a crise provocada pelo coronavírus. Essas centrais defendem que a MP possa ser usada também em outros momentos de crise, mesmo após o fim da pandemia.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira (12), as entidades vão levar a ideia para ala econômica do governo ainda nesta semana. Lamentavelmente, as duas centrais preferiram fazer coro com o governo e patrões. Desde o início de abril, o setor industrial e o agronegócio também têm defendido abertamente a continuidade das medidas editadas por Bolsonaro.
O plano do empresariado é manter a isenção de impostos e a flexibilização de salários e direitos, reduzindo seus custos. Tais benefícios reduziram o compromisso dos patrões com a Previdência Social. Ao mesmo tempo, os patrões já prometem aumento no preço das mercadorias como automóveis e passagens aéreas, além de outros itens.
Redução de renda
O governo usou o medo do desemprego para aplicar a MP 936, que permite o corte de até 70% do salário. Apesar de haver uma complementação governamental, a medida promove a redução de renda do trabalhador. A prorrogação desse plano, como defendem a Força Sindical e UGT, seria um crime contra a classe trabalhadora.
Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o brasileiro tem passado por um processo de empobrecimento e esta década (2011-2020) será a pior em 100 anos.
Desmonte da CLT
As MP de Bolsonaro também aprofundam a reforma trabalhista e facilitam o desmonte da CLT.
A CSP-Conlutas e o Sindicato têm defendido a união das centrais na luta contra a MP 936 e a adoção de licença remunerada sem qualquer perda para o trabalhador.
“O que a Força e a UGT estão propondo é um desserviço à luta dos trabalhadores. Para mudar esse cenário de ataques, precisamos nos organizar e exigir a saída de Bolsonaro, Mourão e Guedes”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Renato Almeida.
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