Dia histórico

Manifestação contra Temer e reformas leva 150 mil a Brasília

Caravanas de várias partes do país ocuparam a capital federal nesta quarta (24)




Apesar da violenta repressão comandada pelo governo, 150 mil pessoas ocuparam Brasília neste histórico dia 24 de maio e mostraram que a classe trabalhadora brasileira não aceita a retirada de direitos imposta pelas reformas trabalhista e da Previdência e a lei da terceirização.

A manifestação também exigiu enfaticamente a saída de Michel Temer da Presidência, num momento em que o chefe do Poder Executivo parece caminhar para seus últimos dias no Palácio do Planalto.

A marcha, iniciada no estádio Mané Garrincha por volta do meio-dia, terminou bravamente sete horas depois.

Caravanas saíram de todas as regiões do País, com trabalhadores que levavam na bagagem a vontade de lutar contra os ataques do governo Temer e de seus cúmplices que ocupam o Congresso Nacional. Mas o Palácio do Planalto não tolerou a manifestação.

De forma truculenta, o governo lançou mão de um forte aparato repressor e enviou sua tropa de choque para tentar silenciar a população. Bombas de gás, cassetetes e disparos de bala de borracha foram usados pela Polícia Militar já no início da tarde. Até mesmo a cavalaria foi acionada. Alguns militares atiraram contra os manifestantes com armas para matar. Mas os trabalhadores não se intimidaram: enfrentaram a repressão policial.

Um decreto foi assinado por Temer, no mesmo dia, autorizando o uso das Forças Armadas para conter os manifestantes, iniciativa amplamente criticada mesmo entre parlamentares da base aliada e oposição e ministros do Supremo Tribunal Federal.


 

Entre os trabalhadores que participaram da manifestação havia metalúrgicos, servidores, químicos, operários da construção civil, dos Correios, metroviários, construtores, condutores, petroleiros, trabalhadores rurais, aposentados, têxteis, comerciários, papeleiros e tantas outras categorias. Muitos deles enfrentaram mais de 30 horas de viagem para participar da marcha. Do Vale do Paraíba, saíram cerca de mil manifestantes.

Quando alguns dirigentes sindicais vacilavam diante da truculência policial, o presidente nacional do PSTU, Zé Maria, discursou no caminhão de som. "Quem está fazendo provocação aqui é o governo e a polícia. Essa é a postura de um governo que não tem nenhum apoio: repressão. Mas nós não vamos recuar. Ele querendo ou não, nós vamos protestar."

Esse 24 de maio será lembrado como o dia em que milhares de manifestantes tomaram Brasília e enfrentaram o governo e o Congresso Nacional.

"Estamos aqui para mostrar que não aceitamos essas reformas e a lei da terceirização. Queremos dizer a Temer que se ele não renunciou, a gente derruba. Vamos derrubar ele e esse Congresso corrupto. Mas não queremos apenas diretas já, queremos eleições gerais para tirar todos os corruptos do poder", discursou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.

Alberto Ledur, da Federação Nacional dos Trabalhadores do Ministério Público, afirmou: "os trabalhadores do Ministério Público também estão na luta para derrotar Temer e suas reformas. Este governo não nos representa".


Agora, é Greve Geral de 48h
O próximo passo para derrubar as reformas e o governo Temer será parar o Brasil com uma Greve Geral de 48 horas, com a mesma disposição de luta mostrada na marcha deste dia 24. É o que defendem o nosso Sindicato e a CSP-Conlutas.

"O dia de hoje vai ficar na história como o dia em que os trabalhadores e o povo ocuparam Brasília. Não vai ser a repressão do governo Temer que vai nos parar. Vamos seguir rumo à Greve Geral”, disse o dirigente da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha.


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Telefone: (12) 3946-5333