Justiça homologa plano de recuperação judicial da MWL
Greve dos trabalhadores completa uma semana
A 1ª Vara Cível de Caçapava homologou o plano de recuperação judicial da MWL. Com isso, as dívidas da empresa anteriores a 2020 têm de ser pagas conforme previsto no plano apresentado à Justiça. A decisão é do juiz Rodrigo Valério Sbruzzi, assinada na terça-feira (10).
A empresa está com seu faturamento bloqueado em razão de uma dívida milionária com aluguéis. Mas os trabalhadores não podem pagar essa conta.
Desde o ano passado, a MWL vem atrasando os salários. No dia 6, por causa de um novo atraso, os metalúrgicos entraram em greve para pressionar a empresa a acertar o pagamento, que deveria ter sido depositado no dia 5. Uma semana depois, o dinheiro ainda não caiu na conta dos trabalhadores.
Segundo a MWL, por causa do bloqueio de seu faturamento, não há dinheiro suficiente para pagar os funcionários em dia. Porém, a recuperação judicial em nada interfere nas questões trabalhistas.
Além disso, a empresa possui oito meses de pedidos firmes de fabricação de rodas, o que mostra que ela vem expandindo sua produção e não passa por crise financeira.
O Sindicato, ao lado dos trabalhadores, exige que a MWL pague os salários e garanta que os próximos pagamentos sejam feitos em dia.
A greve segue por tempo indeterminado com mobilização diária dos trabalhadores em frente à fábrica. Na segunda-feira (16), o Sindicato tem uma reunião agendada com a direção da MWL, às 10 horas.
Histórico de irregularidades
A MWL é mantida por capital chinês. Seus administradores não esclarecem a real situação da empresa e, frequentemente, ignoram audiências e reuniões com a Justiça e o Sindicato.
O histórico de desrespeito aos direitos dos metalúrgicos é longo. A fábrica acumula atrasos no depósito do FGTS, falta de pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), piora no fornecimento das refeições e condições insalubres em suas instalações.
“Os metalúrgicos da MWL estão unidos e lutam há anos para garantir direitos e salários. A empresa, que sequer paga aluguel, continua desrespeitando os trabalhadores, mesmo estando com a produção a todo vapor. É um absurdo continuar escondendo do Sindicato e dos operários a real situação da fábrica. A nossa mobilização continua. Enquanto a direção não pagar, ninguém vai trabalhar”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Renato Almeida.
A MWL produz rodas e eixos para trens e tem cerca de 240 trabalhadores.
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