Mobilização

Em defesa dos empregos, trabalhadoras de fornecedoras da LG entram em greve

Em assembleias, elas decidiram cruzar os braços e aguardam um posicionamento das empresas

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Trabalhadoras da Blue Tech durante assembleia
Trabalhadoras da Blue Tech durante assembleia - Foto: Roosevelt Cássio

As três fábricas da região que produzem telefones celulares para a LG permaneceram paradas, nesta terça-feira (6). As trabalhadoras da Blue Tech e 3C, em Caçapava, e Sun Tech, em São José dos Campos, entraram em greve por tempo indeterminado, em defesa dos empregos e direitos. Elas estão ameaçadas de serem demitidas, caso se confirme o fechamento das fábricas. 

Em assembleias, elas decidiram cruzar os braços e aguardam um posicionamento das empresas. A LG anunciou na segunda-feira que deixará de produzir celulares. As três fábricas produzem exclusivamente smartphones para a marca sul-coreana e, juntas, possuem 430 trabalhadoras.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e a Sun Tech se reunirão hoje, às 11h, para discutirem sobre a situação das trabalhadoras. A entidade defende a manutenção de todos os postos de trabalho. Caso se esgotem as possibilidades de permanência das fábricas na região, a luta será para garantir que todos benefícios pagos aos trabalhadores da LG sejam estendidos às funcionárias da Blue Tech, Sun Tech e 3C. 

Estatização
O Sindicato defende que o governo federal estatize as empresas que realizarem demissão em massa ou anunciem o fechamento no Brasil. 

“O que está acontecendo com a LG faz parte de um processo de reestruturação para aumentar as margens de lucro. Nosso país tem capacidade tecnológica para produzir celulares e pode assumir as fábricas que estão sendo fechadas. Defendemos a estatização sob controle dos trabalhadores”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves. 

Denúncia
O Sindicato de São José dos Campos entrou, na segunda-feira, com uma representação no Ministério Público do Trabalho e apresentou denúncia contra a LG e suas fornecedoras por demissão coletiva em plena pandemia, ausência de negociação prévia, falta de transparência e de boa-fé.

“Diante da intenção empresarial em praticar demissões em massa, a primeira ação do empregador deveria ser a negociação coletiva com o sindicato de classe, comunicando de forma clara e transparente a decisão de demitir”, diz um trecho da denúncia. 

O Sindicato pede a instauração de inquérito civil para que seja aprofundada a apuração dos fatos e que se busquem soluções para reduzir o impacto social da decisão da LG.

“O clima nas fábricas é de indignação e muita preocupação. Estamos num momento de alto índice de desemprego, desindustrialização e pandemia. Vamos pressionar os governos para que cobrem da LG a preservação de todos os postos de trabalho”, conclui Weller.


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Telefone: (12) 3946-5333