Sem provas, ativistas sociais negros são presos em São Paulo
CSP-Conlutas lançou campanha exigindo a liberdade de Igo Ngo e Felipe

O ano de 2021 começa com mais um caso de injustiça policial e racismo contra jovens negros de São Paulo. João Igo Santos e seu vizinho Felipe Patrício Lino Ferreira foram presos na noite do dia 2, acusados de realizarem dois roubos na zona oeste da capital. No entanto, a “testemunha” que os teria reconhecido, um motorista de aplicativo, sequer viu o crime ocorrer.
Já as duas vítimas dos assaltos, um homem e uma mulher, não foram capazes de confirmar que os amigos eram de fato os autores do crime. O homem não os reconheceu e a mulher apenas disse ter reconhecido a roupa que um dos jovens vestia.
Uma das vítimas encontrou o motorista por aplicativo após o ocorrido e pediu ajuda. Ela descreveu como seriam os homens que a roubaram e, segundo afirmou o motorista na delegacia, seguiram os dois suspeitos até um terminal de ônibus e acionaram a polícia.
Mesmo com a falta de provas, a promotora Vanessa Therezinha Sousa de Almeida, do Ministério Público de São Paulo, solicitou a prisão que foi acatada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Um dos acusados, conhecido como Igo Ngo, é rapper, percussionista, produtor musical e cineasta na empresa 2as Marias Produções. Como ativista do Movimento Luta Popular, da CSP-Conlutas, atua na luta contra o racismo, por moradia e por direitos dos povos indígenas.
Já Felipe é professor de artes marciais e ativista social/cultural, tendo participado do último Congresso Nacional da CSP-Conlutas. É apoiador do Luta Popular nas diversas iniciativas realizadas pelo movimento nas comunidades.
Imagens provam inocência
A advogada Irene Guimarães, que atua na defesa de Igo e Felipe, colheu imagens de sistemas de segurança que mostram os amigos longe do local do crime no horário informado pelas vítimas. Tampouco carregavam os pertences roubados das vítimas (bolsa, celular, relógio, entre outros).
Um pedido de habeas corpus já foi encaminhado à Justiça. Tanto Igo quanto Felipe possuem todos os requisitos para responderem em liberdade, como atividade profissional lícita e endereço fixo.
Campanha
A arbitrariedade das prisões levou a CSP-Conlutas iniciar uma campanha pela liberdade imediata de Igo Ngo e Felipe. Diversos movimentos sociais e entidades de classe, entre eles o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, assinam o manifesto que exige justiça e o fim do racismo.
“A situação vivida por Igo Ngo e Felipe demonstra o quanto o racismo está engendrado em nossa sociedade, especialmente no sistema prisional. É preciso dizer não a essa injustiça e exigir: liberdade para Igo e Felipe, já. O Sindicato estará nesta luta até o fim”, afirma o diretor do Sindicato Valmir Mariano.

Defesa dos empregos na Ford terá dia de luta nesta quinta
Haverá manifestações em diversas cidades contra saída da montadora do Brasil

Apesar de Bolsonaro, começa vacinação no Brasil
Sindicato está em campanha para garantir vacina para todos

Por vacina, auxílio emergencial e empregos, fora Bolsonaro e Mourão!
É preciso dar um basta nesse governo genocida

Com agravamento da pandemia, Sindicato volta a fechar sede e subsedes
A medida visa preservar a saúde dos metalúrgicos, funcionários do Sindicato e dirigentes sindicais.

Luta contra fechamento da Ford ganha apoio dos metalúrgicos da Chery
Trabalhadores fazem assembleia na fábrica em Jacareí

Ação do Sindicato leva à reintegração de ativista da MWL
Éder de Oliveira, o Batoré, foi reintegrado à fábrica nesta sexta-feira (15)

Sindicato consegue reintegração de ex-cipeiro da Avibras
César Alves Ribeiro, trabalhador da Avibras, estava na carência do pós-mandato de Cipa

Metalúrgicos da GM aprovam apoio à luta contra fechamento da Ford
Sindicato defende estatização da montadora no Brasil

Sindicato notifica Embraer sobre novos cortes e contágio da covid-19
Sindicato cobra explicações da empresa