Trabalhadores fazem nova manifestação contra fechamento da MWL
Empresa, Sindicato, prefeito e vereadores reúnem-se hoje, às 16h
Os metalúrgicos da MWL, em Caçapava, estão correndo contra o tempo para evitar que uma ordem de despejo seja cumprida e a fábrica encerre as atividades na cidade. Cerca de 100 trabalhadores realizaram uma manifestação em frente à Câmara Municipal, na manhã desta quinta-feira (24), para chamar a atenção dos vereadores.
A empresa pode ser despejada, a partir de 10 de outubro, levando à demissão de 237 funcionários. A MWL está há 18 meses sem pagar o aluguel da área onde está instalada e, por isso, afirma que acumula uma dívida de R$ 11 milhões.
Com a manifestação, a presidente da Câmara Municipal, Preta da Rádio (PSC), recebeu o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Renato Almeida. A vereadora sugeriu que a Prefeitura entre com pedido de bloqueio de bens da MWL, em razão da empresa também estar devendo IPTU.
Ainda hoje, às 16h, deve acontecer uma nova reunião entre o Sindicato, representantes da MWL, o prefeito Fernando Diniz (PV) e vereadores.
A fábrica de rodas e eixos ferroviários está em Caçapava desde 1956 (antiga Mafersa) e é a única do seu segmento na América Latina.
Os trabalhadores estão em greve desde o dia 21 e lutam para que todos os empregos sejam preservados.
“É extremamente necessário que o poder público tome medidas em favor da manutenção dos postos de trabalho neste momento. A MWL tem condições financeiras para negociar o pagamento das dívidas. Os trabalhadores não podem pagar pela irresponsabilidade da empresa”, afirma Renato Almeida.
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