Sindicato pede na Justiça afastamento de Conselho Administrativo da Embraer
Transação comercial com a Boeing trouxe consequências negativas para empresa e trabalhadores

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região protocolou nesta sexta-feira (3) um requerimento ao juiz da 24ª Vara Cível da Justiça Federal de São Paulo, pedindo o imediato afastamento do Conselho de Administração da Embraer. O pedido passa a fazer parte da ação civil pública movida em agosto de 2018 contra a venda da aviação comercial para a Boeing.
No processo, o Sindicato aponta que a transação comercial entre as duas empresas favoreceu uma “espionagem autorizada” por parte da Boeing no centro de pesquisa e desenvolvimento da Embraer.
Além de ameaçar a soberania nacional na área de defesa, pela entrega de protocolos de produção do cargueiro militar KC-390, a Boeing teve acesso a informações vitais sobre itens críticos relativos aos processos de produção.
O processo de venda ainda gerou custos pelo esquartejamento das plantas fabris da Embraer, divididas para a entrega do naco da aviação comercial para a Boeing.
Os custos tributários da transferência também foram suportados pela brasileira, que apresentou um prejuízo líquido de R$ 1,28 bilhão no primeiro trimestre deste ano.
Ao contrário do que a empresa afirma ao culpar a pandemia por sua atual situação financeira, o prejuízo foi agravado pelos efeitos negativos da negociação com a Boeing. No primeiro trimestre, ainda não eram sentidos os efeitos da pandemia no setor aeronáutico.
O Conselho de Administração da Embraer tem de ser responsabilizado pelos custos advindos da quase-venda para a Boeing e por ter autorizado o acesso a informações sigilosas de projetos desenvolvidos pela empresa brasileira.
Trabalhadores pagam a conta
Assim como fez em outras situações de má administração, a direção da Embraer usa a prática de demissões para cobrir rombos provocados pela própria diretoria.
Esta semana, a empresa anunciou seu plano de abrir um Programa de Demissão Voluntária (PDV) na fábrica, usando como justificativa a crise provocada pelo coronavírus.
Em 2016, ao ser multada em US$ 200 milhões pelo órgão de controle do mercado mobiliário dos Estados Unidos por prática de corrupção, a Embraer instituiu um PDV que cortou 1.550 postos de trabalho.
Em caso de afastamento do Conselho, a empresa segue dirigida por sua estrutura administrativa.
“A Embraer vem sendo tratada meramente como uma questão de mercado. Essa é uma empresa estratégica para o país e não pode ficar a mercê dos interesses de acionistas. É preciso responsabilizar o Conselho Administrativo pelos crimes que estão sendo cometidos contra esse patrimônio nacional e seus trabalhadores”, afirma o diretor do Sindicato Herbert Claros.

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