Por vacina, auxílio emergencial e empregos, fora Bolsonaro e Mourão!
É preciso dar um basta nesse governo genocida
A julgar pelos primeiros dias de 2021, pode-se afirmar que o Brasil está à beira de um colapso. Estamos diante de um cenário de absoluta falta de controle sobre a propagação do coronavírus, desemprego, inflação, fim do auxílio emergencial e, o mais grave, um presidente que não tem qualquer projeto para dar aos brasileiros condições de enfrentar esse caos.
A tragédia que se instaurou na rede hospitalar de Manaus expõe a incapacidade e irresponsabilidade do governo Bolsonaro. O presidente disse que fez a sua parte, mas as mortes por falta de oxigênio nos hospitais revelam o contrário.
O presidente não está cumprindo seu papel de administrador da coisa pública, para o qual foi eleito. Governa pelas redes sociais, mantém-se à distância, não assume a frente da situação. Finge que não é com ele.
Como se não bastasse, também distribui fake news, estimula a desobediência ao isolamento social e zomba da ciência. O isolamento é comprovadamente necessário para evitar a propagação do vírus e, portanto, tem de ser levado a sério por toda população.
Agora estamos enfrentando uma corrida contra o tempo. Os brasileiros esperam ansiosamente pela chegada da vacina, mas já não se iludem, como ficou claro no panelaço contra Bolsonaro ocorrido na sexta-feira (15). Ao que tudo indica, não teremos o imunizante tão cedo – ao menos, não para todos. Bolsonaro sempre tratou as vacinas como desnecessárias. Por isso mesmo, demorou a agir e, agora, não sabe o que fazer.
A média móvel de mortes no Brasil não para de crescer. Os gráficos mostram o inacreditável: 2020 pode deixar saudades! Sem vacinas, nem leitos hospitalares, nem oxigênio, nem auxilio emergencial, 2021 promete ser ainda pior do que o ano passado.
Mesmo diante do caos social que se aproxima, o governo não cogita a retomada do auxílio emergencial, benefício ínfimo que representava um prato de comida diário para 68 milhões de brasileiros. Sem ele, a pobreza extrema pode ser o que restará para essas famílias. Cesta básica na mesa e um emprego formal serão artigos de luxo, num país com 14 milhões de desempregados.
E justamente quando a pandemia grita mais alto, empresas fogem de suas responsabilidades. Na última semana, a Ford anunciou que encerrará suas atividades no Brasil e demitirá 5 mil trabalhadores, levando ao corte de outros 15 mil indiretos. Lucrou, sugou os cofres públicos, explorou os trabalhadores e, agora, decidiu ir embora.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos tem levado todo apoio aos companheiros da Ford de Taubaté. Esta luta tem que ser de todos.
O governo Bolsonaro não pode se omitir e consentir sobre o fechamento da Ford ou de qualquer outra fábrica que tenha recebido benefícios públicos. Empresas que recebem incentivos, realizam demissão em massa e fecham as portas têm de ser estatizadas.
É vital para a classe trabalhadora lutar contra o fechamento de fábricas e em defesa do emprego e direitos para todos.
Em São José dos Campos, que voltou para a fase vermelha do Plano São Paulo, as fábricas metalúrgicas têm registrado continuamente casos de covid-19. Se há aumento de contágio, é preciso exigir licença remunerada para os trabalhadores, com garantia de salário, direitos e estabilidade no emprego.
Nós, do Sindicato, chamamos todas as entidades sindicais da região para que seja organizada uma grande campanha em defesa da vacina para todos, auxílio emergencial e para colocar para fora esse governo que não tem responsabilidade com nosso país.
A categoria metalúrgica fará valer seu histórico de lutas, enfrentando governos e patrões neste momento de extrema gravidade. O Brasil não pode continuar nas mãos de um genocida. Fora Bolsonaro e Mourão!
Exigimos:
- Vacina para todos, já!
- Contra o fechamento da Ford, estabilidade no emprego e estatização das empresas que demitirem em massa.
- O povo tem fome! Pela volta do auxílio emergencial.
- Fora Bolsonaro e Mourão!
Diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região
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