Embraer e Sindicato encerram negociações e proposta será levada para votação
O Sindicato vai apresentar a proposta para os trabalhadores por meio de transmissão ao vivo no Facebook e Youtube, nesta quarta-feira (8), às 11h.
Terminaram, nesta terça-feira (7), as negociações entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e a Embraer sobre as condições dos trabalhadores da fábrica, neste momento de coronavírus.
A negociação refere-se ao regime a ser aplicado após as férias coletivas, que terminam nesta quinta-feira (9). O resultado será submetido aos trabalhadores, que irão decidir em votação ainda esta semana.
Na última rodada de negociação, a Embraer manteve a proposta, sendo:
Para trabalhadores que terão os contratos de trabalho suspensos:
- salário de até R$ 3.000: receberá 82,5% do salário líquido;
- salário entre R$ 3.001 até R$ 5.000: receberá 75% do salário líquido;
- salário entre R$ 5000,01 e R$ 12.000: receberá 67,5% do salário líquido;
- salário acima de R$ 12.000,01: 63,75% do salário líquido.
Nesses valores acima, estão incluídos o benefício emergencial pago pelo governo federal (R$ 1.269) mais a complementação feita pela Embraer. Os contratos ficarão suspensos por 60 dias.
Haverá garantia de emprego durante o período de suspensão de contratos e por mais 60 dias (se for prorrogada a Medida Provisória 936). Ao final desse período, caso haja necessidade por parte da empresa, a Embraer adotará o regime de layoff.
Para os trabalhadores que estarão em regime de home office:
- redução salarial de 25% (além de desconto de INSS, Imposto de Renda e previdência privada) + R$ 453 do governo federal.
- jornada de trabalho semanal de 32h15 (mais minutos de compensação por dias pontes).
- a redução da jornada e salário deve durar até 90 dias, podendo ser cancelada a qualquer momento.
Proposta do Sindicato
O Sindicato considera ruim a proposta apresentada pela Embraer e bastante prejudicial aos trabalhadores. A empresa manteve-se intransigente ao insistir na redução drástica dos salários e não aceitou qualquer solução para amenizar o impacto para os trabalhadores.
Na mesa de negociação, o Sindicato reivindicou e a empresa aceitou:
- criação de uma nova faixa com a redução do desconto dos salários para os trabalhadores que recebem até R$ 3.000. A princípio, a empresa pagaria 75% do salário. Após a negociação, passou para 82,5%
- renovação de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva da categoria até 31 de agosto de 2020.
- Para trabalhadores lesionados, aposentados e com CNPJ que porventura tenham problemas em relação ao recebimento do benefício do governo, a empresa irá garantir a complementação.
- suspensão da cobrança dos empréstimos consignados da Cooperativa da Embraer e EmbraerPrev enquanto os salários não forem normalizados.
A Embraer não aceitou as seguintes reivindicações feitas pelo Sindicato:
- estabilidade no emprego por um ano;
- licença remunerada ou, no limite, suspensão de contratos de trabalho com 100% do salário;
- renovação da Convenção Coletiva de Trabalho por dois anos.
Decisão caberá aos trabalhadores
O Sindicato vai apresentar a proposta para os trabalhadores por meio de transmissão ao vivo no Facebook e Youtube, nesta quarta-feira (8), às 11h.
O Sindicato está organizando uma assembleia online para votação. A decisão de aprovar ou não a proposta ficará nas mãos dos trabalhadores. As orientações serão enviadas nesta quarta-feira pelo Sindicato.
Medida Provisória
A MP 936 é insuficiente. O governo federal tem total condição de exigir que as empresas garantam o salário integral de todos os trabalhadores. É preciso parar de pagar a dívida pública, que consome mais de um trilhão de reais do Orçamento da União, e de fato investir em saúde pública.
“O governo tem se mostrado irresponsável em relação aos trabalhadores, com medidas que reduzem salários, direitos e não garantem empregos. Por outro lado, oferece ajudas bilionárias a bancos e grandes empresas, como a Embraer. O país vem acompanhando a entrega da Embraer para a Boeing e, mesmo assim, a empresa continua recebendo dinheiro público. Reafirmamos aqui nossa defesa de reestatização da Embraer sob controle dos trabalhadores”, afirma o diretor do Sindicato Herbert Claros.
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