Em defesa dos empregos

Despejo na Wow serve de alerta: é preciso seguir com a luta na MWL

Administrada por um grupo chinês, a empresa do ramo alimentício fechou as portas após sofrer uma ação de despejo.

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Trabalhadores da MWL em assembleia nesta terça
Trabalhadores da MWL em assembleia nesta terça - Foto: Roosevelt Cássio

Pronto para mais um dia de trabalho, o funcionário se depara com a fábrica trancada. A empresa foi alvo de uma reintegração de posse pelo não pagamento de alugueis atrasados. Sem qualquer informação sobre seus direitos, o trabalhador é impedido até mesmo de buscar os pertences pessoais deixados na fábrica. 

O drama descrito acima foi vivido na pele pelos cerca de 600 funcionários da Wow, em Caçapava, nesta terça-feira (13). Administrada por um grupo chinês, a empresa do ramo alimentício fechou as portas após sofrer uma ação de despejo. 

A mesma situação está prestes a acontecer com os metalúrgicos da MWL, também em Caçapava. A ordem de despejo contra a fábrica por alugueis atrasados pode ser entregue a qualquer momento. 

Greve
Os metalúrgicos da MWL estão em greve há 23 dias. Uma nova assembleia aconteceu nesta terça-feira, em que foi aprovada a continuidade da paralisação. A mobilização tem o objetivo de chamar a atenção das autoridades públicas e evitar o fechamento da fábrica de rodas e eixos ferroviários. 

Nos últimos dias, a administração da MWL chegou a realizar uma proposta informal para que os funcionários retornem ao trabalho, enquanto a ordem de despejo corre na Justiça. Para isso, os metalúrgicos reivindicam garantias da manutenção dos empregos e cumprimento dos direitos. 

Solidariedade
O Sindicato dos Metalúrgicos manifesta toda sua solidariedade aos trabalhadores da Wow e ao Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação. Frente à grave crise que assola o país, é necessário criar uma luta conjunta em defesa dos empregos na região. 

“A situação vivida pelos trabalhadores da Wow é de calote. Um crime contra os funcionários. A realidade é similar na MWL e, portanto, os metalúrgicos têm de se manter mobilizados. Lutaremos até o final pelos empregos e direitos”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Renato Almeida.

Confira o vídeo realizado por Renato Almeida sobre despejo na Wow e a luta dos trabalhadores


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