Embraer encerra layoff e coloca trabalhadores em risco
Sindicato defende licença remunerada para todos
Indo contra as orientações sanitárias para isolamento social como forma de prevenção à covid-19, a Embraer convocou os trabalhadores que estavam em layoff para retornarem à fábrica na próxima segunda-feira (22). A medida coloca em risco mais de 13 mil trabalhadores das unidades de São José dos Campos.
No dia 22 de abril, cinco mil metalúrgicos da produção tiveram o contrato suspenso, conforme a Medida Provisória 936, para evitar o contágio pelo coronavírus. A vigência do acordo encerra-se na segunda-feira, mas a continuidade da crise sanitária no país não garante a volta segura ao trabalho.
Durante o layoff, permaneceram em atividades presenciais cerca de 1.200 trabalhadores da produção. Três deles contraíram a covid-19 e pelo menos dez estão com suspeita.
Segundo a Embraer, apenas os funcionários que pertencem ao grupo de risco e não puderem ficar em trabalho remoto terão férias coletivas por 15 dias, a partir de 22 de junho.
Licença remunerada
Para proteger a saúde dos trabalhadores, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos já havia notificado a Embraer exigindo a concessão de licença remunerada ao fim do acordo de suspensão de contratos. A notificação foi protocolada na quarta-feira (17), momentos antes da empresa divulgar o comunicado de convocação para retorno à fábrica.
Diante dessa grave situação, o Sindicato vai organizar os metalúrgicos para a luta contra a volta ao trabalho, com possibilidade de greve.
Como maior empregadora privada de São José dos Campos, a Embraer tem de assumir suas responsabilidades e manter todos os trabalhadores em casa, com licença remunerada e garantia de salários e direitos. A retomada das atividades aumentará, inevitavelmente, a propagação do coranavírus na cidade.
Neste cenário, o prefeito de São José dos Campos, Felicio Ramuth (PSDB), também tem de se posicionar a favor da população e pressionar a Embraer para que mantenha todos os trabalhadores em casa.
A volta de 5 mil funcionários para a produção é precipitada e atende exclusivamente aos interesses financeiros de acionistas. A medida trará graves consequências para os trabalhadores. A Embraer não pode colocar o lucro acima da saúde da população.
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