Com críticas a Bolsonaro, bloco Acorda Peão leva mil foliões às ruas
Bloco do Sindicato dos Metalúrgicos completou 22 anos neste sábado (22)
Completando 22 anos de desfiles, o Bloco Acorda Peão mais uma vez realizou um Carnaval de luta neste sábado (22). Com muito bom humor e críticas ao primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, o bloco organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José agitou a manhã e arrastou cerca de mil foliões em todo o percurso pelas ruas do centro da cidade.
Já na concentração, os participantes mostraram que seria um desfile com muita animação, apesar do mau tempo. O samba-enredo “Mais um ano se passou e a vida piorou” denunciou ataques de Bolsonaro como a perda dos direitos trabalhistas com a criação da carteira de trabalho verde e amarela.
Conduzida por Renato Bento Luiz, autor do samba-enredo, a letra também falou da perseguição do governo ao INPE, que denunciou as queimadas na Amazônia. “Galvão no INPE só quis alertar. Apague o fogo da Amazônia. O mundo tem que respirar”, dizia um trecho do samba.
A bateria Confraria do Samba, que acompanha o bloco, foi mais uma vez o coração da folia. Com cerca de 40 integrantes, eles transbordaram energia para todos aqueles que acompanhavam o desfile.
Alegorias em destaque
Como já é tradição, os carros alegóricos elaborados pelo metalúrgico e ex-diretor do Sindicato Edmir Marcolino também foram destaque
Em um deles, Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apareciam lado a lado, porém com o presidente brasileiro levando a bandeira norte-americana. Uma alusão a subserviência de Bolsoaro frente aos interesses de Trump.
Outra alegoria criticava a precariedade dos empregos criados pelos aplicativos de entrega. Para Edmir, os entregadores viraram símbolo de milhões de trabalhadores que se arriscam todos os dias, recebendo péssimos salários e sem gozar de nenhum direito.
Carnaval de luta
Os servidores municipais de São José aproveitaram o desfile para mostrar toda sua indignação perante a aprovação da reforma da Previdência do prefeito Felício Ramuth (PSDB), ocorrida na quinta-feira (20).
Nos cartazes ostentados pelos foliões, estavam os nomes dos vereadores que votaram a favor do projeto que reduziu o valor das aposentadorias e das pensões, além de aumentar a taxa de contribuição de cada servidor.
O Acordo Peão encerrou sua participação no Carnaval por volta das 13h, com a certeza de ter cumprido seu papel na avenida.
“Nestes 22 anos, nós sempre levamos o protesto para a avenida. Este ano é contra o governo Bolsonaro que piorou e muito a vida do trabalhador, com a retirada de direitos. Então nosso objetivo é aproveitar o momento do Carnaval para protestar e dialogar com a população e sobre a importância da luta”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.
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