Bolsonaro e pastor Malafaia debocham e sugerem que trabalhador tem muitos privilégios
Declarações acontecem antes da votação que pode sentenciar o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo
Mesmo com o emprego informal batendo recorde no país, o presidente Jair Bolsonaro encontrou tempo em sua agenda para debochar do trabalhador brasileiro, na segunda-feira (3).
Em entrevista concedida ao pastor Silas Malafaia, Bolsonaro descarregou seu arsenal de ataques aos trabalhadores para justificar as ações do governo, como a Medida Provisória 905, que agravaram o desmonte das leis trabalhistas.
Em poucos minutos de conversa, Bolsonaro e Malafaia afirmaram que a classe trabalhadora brasileira tem muitos privilégios e que o governo deveria, na verdade, facilitar a vida dos patrões.
Até mesmo a multa por demissão sem justa causa é criticada pela dupla, que mentiu ao dizer que o Brasil é o país com mais direitos trabalhistas em todo o mundo.
Para encerrar, Bolsonaro ainda afirmou que pedirá para que o ministro da economia, Paulo Guedes, crie o programa Minha primeira empresa. O intuito seria mostrar para aqueles que reclamam dos baixos salários “como é difícil ser patrão no Brasil”.
Votação da MP 905
As declarações de Malafaia e Bolsonaro não são sem propósito. Com o retorno das atividades no Congresso Nacional nesta semana, estima-se que a primeira votação da Medida Provisória 905, que cria o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo e altera a CLT, aconteça logo após o Carnaval.
Embora a MP tenha poucas chances de aprovação, o governo já planeja criar um projeto de lei com o mesmo conteúdo. Entre os ataques previstos na proposta estão a redução do valor do auxílio-acidente, do adicional de periculosidade e da multa por demissão sem justa causa. Ainda está previsto o parcelamento das férias e 13º salário em até 12 vezes.
Pastor milionário
Malafaia, que defende tanto o fim dos direitos trabalhistas, declarou possuir uma fortuna de 4 milhões de dólares, à revista Forbes. Em 2017, ele foi investigado pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro. O pastor se defendeu afirmando que a quantia recebida se tratava da doação de fiéis.
Atualmente, Malafaia responde a outro processo, desta vez por mau uso de dinheiro público. Ele e o prefeito do Rio de Janeiro, o bispo Marcelo Crivela, gastaram R$ 1,6 milhão na realização do evento Marcha para Jesus, em 2012.
Confira o vídeo da entrevista:
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