Petroleiros entram em greve contra demissões e desativação de fábrica
Em São José dos Campos, houve atrasos e corte de rendição
Pelo menos oito mil petroleiros entraram em greve, iniciada no sábado (1), contra as demissões programadas para ocorrer na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR). As paralisações estendem-se por 11 estados e 20 bases operacionais, sem data para acabar.
Novas adesões devem ocorrer ao longo do dia. Como a greve começou no sábado, petroleiros que não trabalham aos finais de semana devem aderir ao movimento a partir desta segunda-feira (3).
Com a paralisação, os sindicatos da categoria organizaram atos e acampamentos em frente às unidades da Petrobras, inclusive na sede, no Rio de Janeiro.
Um grupo de dirigentes que compõem a Comissão de Negociação Permanente da Federação Única dos Petroleiros (FUP) ocupou o quarto andar do edifício-sede para pressionar a Petrobras a apresentar uma solução que evite os cortes.
A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) também ressalta que, além de combater as demissões, a luta é contra a retirada de direitos dos trabalhadores nas refinarias e a privatização do sistema Petrobras.
Na Revap, em São José dos Campos, houve atrasos e corte de rendição como parte do processo de mobilização.
A empresa pretende desativar a Fafen, o que vai gerar cerca de mil demissões a partir do dia 14. Além disso, não está cumprindo o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que determina negociação prévia com o sindicato da categoria antes que se realizem demissão em massa.
“A greve dos petroleiros em defesa dos empregos e contra o fechamento da Fafen é legítima e merece todo nosso apoio”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.
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