Metalúrgicos da MWL exigem transparência sobre futuro da fábrica

Após um ano de atrasos constantes no pagamento de salários e benefícios, os trabalhadores da MWL começaram 2020 mobilizados contra o clima de instabilidade na empresa. Em assembleia nesta quinta-feira (16), eles exigiram um posicionamento da direção da MWL quanto ao futuro da fábrica em Caçapava. 

Desde a aquisição da empresa por um grupo alemão, em 2010, houve trocas sucessivas de donos, o que colocou em xeque o futuro da MWL.  Hoje a empresa está nas mãos de um grupo chinês. 

Para agravar a situação, existe a suspeita de que a fábrica esteja enfrentando uma ordem de despejo por não pagar o aluguel do imóvel. 

Uma reunião entre os Sindicato e representantes da MWL está marcada para esta sexta-feira (17). O resultado será levado para os trabalhadores, em assembleia, no início da próxima semana. O objetivo da mobilização será traçar um plano de luta em defesa dos direitos. 

Com a MWL acumulando pendências, como pagamento do FGTS, INSS, vale-alimentação, convênio médico e farmácia, os funcionários temem que a planta possa vir a fechar as portas. 

Mesmo diante de uma situação tão grave, a empresa não mantém os funcionários informados sobre o futuro da fábrica e nem mesmo sobre a previsão de regularização das pendências trabalhistas.

“O recado dado pelos trabalhadores à direção da MWL é claro. Queremos saber qual será o futuro da fábrica em nossa região. É preciso que a direção da empresa se manifeste em respeito a todos que dão duro na produção”, afirma a diretora do Sindicato Jenniffer de Sales Ferreira.