Congresso da CSP-Conlutas vai debater resistência a Bolsonaro

A central sindical e popular CSP-Conlutas realiza, de 3 a 6 de outubro, em Vinhedo (SP), seu 4° Congresso Nacional. O evento acontecerá no Clube Adler e deverá reunir cerca de 2 mil pessoas, vindas de norte a sul do país.

Do Vale do Paraíba e Litoral Norte participarão 140 delegados e observadores dos sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, químicos, alimentação, trabalhadores dos Correios, oposição da Apeoesp, servidores municipais de Jacarei e de São Sebastião, petroleiros e Admap (Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas do Vale do Paraíba).

Com o lema “Unidade e independência de classe para lutar contra Bolsonaro e seus ataques”, o Congresso ocorre em meio ao debate para a realização de uma profunda reforma sindical no país, além de várias medidas do governo que tem afetado duramente os trabalhadores.

Assim, entre os principais temas da programação estão a reorganização sindical no Brasil, a luta contra os ataques aos direitos por parte do governo Bolsonaro e a situação de povos indígenas.

A CSP-Conlutas tem posicionamento histórico a favor do fim da unicidade sindical, mas é contra os planos do governo Bolsonaro que visa fragmentar e enfraquecer a organização dos trabalhadores brasileiros. A central defende um modelo sindical democrático, sem controle burocrático das direções sindicais ou intervenção patronal ou pelo Estado. Os trabalhadores é que devem decidir a forma de financiamento e os rumos de suas entidades.

Única central com perfil sindical e popular no país, o 4° Congresso da CSP-Conlutas reunirá as mais diversas categorias e segmentos da classe trabalhadora, tanto da cidade como do campo, seja do movimento sindical, popular, estudantil e de luta contra as opressões.

Também estarão presentes representações de povos das florestas, como seringueiros e castanheiros, indígenas, quilombolas, trabalhadores rurais e agricultores familiares. A situação desses setores, em particular, será tema de um forte ato no terceiro dia do Congresso, no sábado (5).

“Em meio a duros ataques do governo de ultradireita de Bolsonaro ao movimento sindical e aos trabalhadores, vamos realizar um grande encontro para organizar a nossa resistência e luta”, explicou o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha.