Metalúrgicos da Embraer querem PLR maior e mudanças no PCS
Assembleias ocorreram nas fábricas da Av. Faria Lima, na quarta-feira (24), e de Eugênio de Melo, na quinta-feira (25).
A Embraer vai pagar uma das mais baixas PLR da região. O valor é inferior ao pago por todas as fábricas metalúrgicas que fecharam acordo com o Sindicato até agora. Diante desse cenário, os trabalhadores rejeitaram, em assembleia, o sistema de cálculo que mais uma vez foi adotado pela empresa. A votação aconteceu nas fábricas da Av. Faria Lima, na quarta-feira (24), e de Eugênio de Melo, na quinta-feira (25).
Assim como nos anos anteriores, os trabalhadores da Embraer exigiram que a empresa modifique a forma de cálculo da PLR. Em votação, eles reivindicaram que o benefício seja negociado diretamente com o Sindicato, calculado pela produção e que seja igual para todos.
Atualmente, o cálculo leva em conta o lucro líquido do ano anterior. Com isso, os trabalhadores receberão um fixo de R$ 2.299 mais variável de 23,14% sobre o salário. Em média, a quantia final é inferior aos acordos já fechados pelo Sindicato em outras fábricas neste ano, como JC Hitachi (R$ 9.600) e Elgin Heatcraft (R$ 7.500).
Plano de Cargos e Salários
Na assembleia, os trabalhadores também reivindicaram que a Embraer inicie, imediatamente, as negociações sobre o Plano de Cargos e Salários (PCS). Os metalúrgicos votaram contra a política adotada pela empresa em janeiro, que reduziu o teto salarial pela metade e aumentou o tempo de serviço para que o trabalhador receba esse teto.
“O novo PCS atende aos planos da Embraer de demitir os funcionários com maior tempo de casa e maiores salários. A empresa impõe salários reduzidos aos novos contratados e dá continuidade às demissões. Tudo isso para entregar uma empresa com folha de pagamento reduzida para a Boeing”, alerta o diretor do Sindicato André Luís Gonçalves, o Alemão.
Reforma da Previdência
A mudança na lei da aposentadoria proposta pelo governo Bolsonaro foi rejeitada pelos trabalhadores da Embraer, na assembleia. O Sindicato também colheu adesões para o abaixo-assinado contra a reforma da Previdência, que está em tramitação no Congresso Nacional.
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