Para conquistar PLR maior, vamos organizar nossa mobilização

A Campanha de PLR 2019 já está começando, com eleição de comissões, assembleias e as primeiras rodadas de negociação entre empresas e Sindicato.

Em todas as fábricas, vamos buscar valores superiores aos do ano passado e sem metas abusivas.

Nas empresas onde ainda não foram eleitas as comissões de PLR, é importante que os trabalhadores comecem a debater o assunto e se organizem junto com o Sindicato.

Zona Leste
Na Ericsson, a comissão foi eleita e já foi para as negociações. A próxima rodada será no dia 9. Lá, os trabalhadores reivindicam R$ 8 mil e vale-alimentação.

Os trabalhadores da Prolind também elegeram a comissão. Os companheiros vão à luta por R$ 6 mil e outros benefícios.

Na Heatcraft, as negociações começam dia 10. A reivindicação é de R$ 9 mil.

Caçapava
Os metalúrgicos da MWL rejeitaram, em assembleia, a proposta patronal. A empresa quer a PLR 100% atrelada a metas. Um abuso!

Zona sul
O Sindicato está notificando as empresas da zona sul para agendamento de reunião. Também estarão em pauta outras reivindicações.

Jacareí
Esta semana, o Sindicato vai protocolar em todas as fábricas de Jacareí a pauta da campanha.

“A PLR é um direito dos trabalhadores. A organização dos metalúrgicos e a eleição de comissões farão toda diferença no valor final da PLR e na conquista de outros benefícios”, afirma o diretor do Sindicato Emerson de Lima, o Binho.

Embraer não quer pagar PLR aos trabalhadores
A PLR na Embraer está sob ameaça. A empresa anunciou que não pagará o benefício este semestre. A justificativa é que não houve lucro, mas este argumento não se sustenta. Os trabalhadores deram duro o ano inteiro e têm o direito de receber. O Sindicato defende que a Embraer calcule a PLR com base na produção e não nos resultados financeiros.

É preciso lutar contra metas abusivas
Embora a PLR represente um alívio no orçamento de todo trabalhador, ela também abre caminho para que os patrões tentem aumentar ainda mais a exploração na fábrica.

Nas negociações, as empresas condicionam o valor da PLR ao volume de produção. A fórmula é: quanto mais os trabalhadores produzirem, mais eles receberão. E também vale o contrário: se as metas não forem atingidas, a PLR diminui.

A imposição de metas abusivas, muitas vezes impossíveis de serem alcançadas, leva ao aumento dos casos de acidentes e de lesões. Isto sem falar no baixo valor a ser recebido.

A verdade é que os patrões querem obrigar os funcionários a correrem com a produção e, assim, aumentar o lucro da empresa.

Portanto, temos de combater essa prática nas fábricas e lutar por PLR sem metas. Chega de exploração!