História

55 anos do Golpe Militar: ditadura marcou país com repressão e censura

Trabalhadores foram duramente reprimidos naquele período


31 de março de 1964, data do golpe militar que deu início ao período de ditadura no Brasil. O pais viveu 21 anos de perseguições, medo e censura, com mais de 400 vítimas entre mortos e desaparecidos. Foi também um regime com casos de corrupção e problemas econômicos. É a esse governo que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) determinou que fossem realizadas homenagens.

Ao contrário do que os defensores da ditadura militar afirmam, naquele período também aconteciam casos de corrupção dentro do governo. A diferença é que a imprensa era proibida de divulgá-los. Jornais eram interditados e jornalistas eram presos, caso enfrentassem os militares.

Um deles, Vladimir Herzog, foi assassinado em 1975 numa das celas do temido Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI / CODI). Herzog era diretor de jornalismo da TV Cultura.

A censura também estava presente nas escolas, universidades e sindicatos. Todos que se manifestavam contra as medidas do governo eram considerados inimigos do estado

Os trabalhadores foram duramente perseguidos pelos militares. Qualquer um que se aproximasse do movimento sindical e participasse de mobilizações corria risco concreto de ser demitido. Seu nome era incluído numa lista compartilhada entre as empresas e raramente o trabalhador conseguia outro emprego.

Esta realidade atingiu em cheio os metalúrgicos da região, especialmente em momentos de greves, como na General Motors e Embraer.

Ao chegar ao fim, em 1985, o regime militar deixou como legado o aumento da dívida externa, em razão de empréstimos que financiaram um falso crescimento econômico na década de 1970. A inflação passou de 92% para 242% ao ano, entre 1964 e 1985. Neste mesmo período, o salário mínimo perdeu 23% do seu poder de compra.

Bolsonaro apoia a ditadura
Apesar de todos os crimes cometidos pelos militares naquele período, o presidente Bolsonaro determinou ao Ministério da Defesa que fossem feitas as "comemorações devidas" pelos 55 anos do que ele chama de “revolução”.

A determinação provocou uma avalanche de críticas. O Ministério Público Federal publicou uma nota manifestando repúdio à ordem de Bolsonaro. Para o MPF, o apoio de um presidente da República a um golpe de Estado, na atualidade, pode configurar crime de responsabilidade - previsto no artigo 85 da Constituição e na Lei 1.079/1950.

Na quarta-feira (27), em entrevista ao jornalista Luiz Datena, da TV Band, Bolsonaro voltou a defender o regime militar e minimizou os crimes cometidos pela ditadura, chamando-os de “probleminhas”.

“Aquele foi um período obscuro da história do país e que não pode, de forma alguma, ser comemorado. Ele tem de ser lembrado como algo a ser repudiado, para jamais se repetir”, afirma o vice-presidente Renato Almeida.


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