MWL recorre à violência policial e demissões ilegais contra greve
Apesar da repressão e arbitrariedade da empresa, a paralisação continua
A MWL usou violência contra os metalúrgicos, nesta quarta-feira (12), sétimo dia de greve. Policiais militares agrediram dirigentes sindicais e trabalhadores da MWL, em frente à fábrica, numa tentativa de forçar o fim da paralisação. A empresa também está enviando cartas de demissão, o que caracteriza um flagrante desrespeito à lei de greve.
As agressões aconteceram logo pela manhã, por volta das 7h. Soldados arrancaram as faixas do Sindicato e lançaram gás de pimenta contra todos que estavam nos portões da fábrica. Houve até mesmo agressão com cassetete.
Os trabalhadores da MWL estão em greve desde quinta-feira (6), em protesto contra a recusa da empresa em negociar a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e tentar impor metas abusivas.
Além da repressão policial, os trabalhadores estão enfrentando o autoritarismo e chantagem da empresa. Desde o início da paralisação, a MWL já enviou 140 cartas de demissão para os metalúrgicos que estão de braços cruzados. Entretanto, esses cortes são ilegais e serão combatidos na luta e nos tribunais. A Lei 7.783/88 proíbe a demissão de trabalhadores durante o período de greve.
“A arbitrariedade cometida pela direção da MWL é um total desrespeito aos trabalhadores e ao direito de organização no local de trabalho. Não aceitaremos essas demissões. A greve continua”, disse o diretor do Sindicato Rogério Willians de Oliveira.
A MWL tem cerca de 400 trabalhadores e produz eixos e rodas para trens.
Audiência
A audiência que irá discutir o dissídio coletivo de greve ajuizado pelo Sindicato irá ocorrer nesta quinta-feira, às 14h, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, em Campinas. Em pauta, estarão as reivindicações dos trabalhadores como o pagamento da PLR, a anulação das demissões, a contratação dos funcionários temporários e o fim do assédio moral dentro da fábrica.
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