Jornada de Lutas

Com mobilizações em fábricas, metalúrgicos exigem: Fora Bolsonaro e Mourão!

Em todas as atividades, o Sindicato adotou protocolos de segurança contra a covid-19

| Atualizado em

Assembleia na Ericsson
Assembleia na Ericsson - Foto: Roosevelt Cássio

A Jornada de Lutas pelo Fora Bolsonaro e Mourão começou com mobilizações em dez fábricas metalúrgicas da região, na manhã desta sexta-feira (10). Em todas elas, o Sindicato mostrou que a luta da classe trabalhadora não é apenas contra os patrões, mas também contra os severos ataques vindos do governo neste momento de crise provocada pelo coronavírus.

Desde a chegada da covid-19 ao Brasil, Bolsonaro propagou discursos e tomou atitudes irresponsáveis que transformaram o país no epicentro da pandemia. Também aproveitou-se da crise sanitária para dar carta branca aos patrões para que retirassem direitos dos trabalhadores.  

Por esses e muitos outros motivos, esta sexta-feira é dia de exigir a saída de Bolsonaro e Mourão do poder. Em nossa região, houve mobilizações na Eaton, Avibras, Magnaghi, Panasonic, Ball, Latecoere, Hubner Sanfonas, Elgin, TI Automotive e Ericsson.

Em todas as fábricas, o Sindicato adotou protocolos de segurança contra a covid-19, com distanciamento social e uso de máscaras.

Zona leste de São José dos Campos
Na TI Automotive e Elgin, o Sindicato expôs a necessidade de exigir condições seguras de trabalho.

“Vamos cobrar das fábricas mais segurança e apoio para os trabalhadores nesse período de pandemia. Os patrões precisam garantir condições adequadas para que a saúde dos funcionários não seja colocada em risco”, disse o diretor do Sindicato Emerson de Lima, o Binho.


Mobilização na Elgin
Mobilização na Elgin - Foto: Roosevelt Cassio

Na Ericsson, o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves, destacou que a empresa está se apresentando como “serviço essencial”, por ser do setor de telecomunicações. Com os trabalhadores sendo obrigados a saírem de suas casas para ir à fábrica, o Sindicato exige estabilidade no emprego para todos até o final do ano. Lá, a estabilidade está garantida até 10 de setembro.

O Sindicato também reivindicou à Ericsson a realização de testes do coronavírus para todos os funcionários, mas a empresa se recusa a atender.

Zona Sul de São José dos Campos
Nas fábricas da Zona Sul e Avibras, o diretor André Luiz Gonçalves, o Alemão, ressaltou o quanto o governo está sendo omisso. Na Panasonic, foi feito um minuto de silêncio em memória das vítimas do coronavírus.

“Esse ato é importante para que os trabalhadores possam garantir a preservação da saúde, do emprego e direitos, porque o governo, em meio a uma pandemia, está dado prioridade aos grandes empresários e banqueiros. É com essa mesma luta, com esse mesmo apoio, que vamos exigir a saída de Bolsonaro e sua turma”, disse Alemão.

Jacareí
Na Ball, o Sindicato convocou os metalúrgicos a se somarem a essa luta. Na Latecoere, o diretor Herbert Claros falou em memória do trabalhador da Embraer Alexandre Alves da Silva, morto pela covid-19, na quarta-feira (8).

Herbert salientou a necessidade do isolamento social e a adoção da licença remunerada para todos os metalúrgicos. Esta é a única solução comprovada cientificamente para preservar a vida dos trabalhadores.



Protesto na Ball, em Jacareí - Foto: Luciano Teruo

Caçapava
Na Hubner Sanfonas, além dos atos pela saída do presidente, a assembleia também discutiu a proposta da empresa em aplicar a Medida Provisória 936, que reduz salários e direitos durante a pandemia.

“Com a MP de Bolsonaro, o patrão pode mandar embora pagando uma multa. Não vamos permitir isso, estamos exigindo a estabilidade para todos os trabalhadores”, disse o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.



Fora Bolsonaro e Mourão na Hubner Sanfonas - Foto: Roosevelt Cássio

“Vamos usar essa Jornada de Lutas como um esquenta para outras mobilizações que devem vir. Bolsonaro não tem a menor condição de conduzir o Brasil e já deu inúmeras provas disso. A população não pode pagar por essa política genocida adotada pelo governo. Nossa bandeira é em defesa da vida, quarentena geral com garantia de emprego e renda digna para todos. Fora Bolsonaro e Mourão, com eleições gerais já”, conclui Weller.

A mobilização pelo Fora Bolsonaro é integrada pelo PSTU, PSOL, PT, PCdoB, UP, PCB, PCO, PSB, PDT, Rede, CUT, Força Sindical, CSP-CONLUTAS, CTB, Intersindical, UGT, CSB, CGTB, Nova Central, Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo, torcidas organizadas, entre outros.


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