Bolsonaro veta uso obrigatório de máscaras em igrejas, fábricas e escolas

Jair Bolsonaro segue contrariando as principais recomendações dos órgãos de saúde no combate à covid-19. O presidente, que já chamou a doença de “gripezinha”, agora, vetou o uso obrigatório de máscaras em igrejas, fábricas e escolas. 

A decisão inconsequente foi publicada nesta sexta-feira (3) e altera trechos da Lei Federal sobre o uso de máscaras na pandemia. O texto aprovado pelo Congresso, no dia 9, obriga o uso do equipamento em uma série de espaços públicos e privados.

Estabelecimentos comerciais e industriais, templos religiosos, estabelecimentos de ensino e demais locais fechados em que haja reunião de pessoas constavam na lista. No entanto, estes foram vetados pelo presidente.

O Palácio do Planalto apresentou uma desculpa vergonhosa para a alteração na lei. Segundo o governo, da forma como está escrito, o dispositivo poderia sugerir que as pessoas são obrigadas a usar a máscara dentro de casa, o que seria inconstitucional.

Todavia, o poder legislativo já havia desmentido tal possibilidade de entendimento da lei. A campanha inclusive denunciou uma série de fake news que estavam sendo divulgadas por grupos de apoio ao presidente. 

Outros vetos
Bolsonaro também vetou outros pontos do texto que tratavam da aplicação de multas. Um dos parágrafos vetados exigia que estabelecimentos comerciais fornecessem álcool em gel para os clientes. Outro tornava obrigatório aos patrões o fornecimento de máscaras aos empregados.

“Mais uma vez, esse governo mostra que não está nem aí para a vida do povo. O que podemos esperar de um presidente que faz pouco caso de uma pandemia que já vitimou mais de 60 mil brasileiros? Por isso, é necessário fortalecer a luta pelo fora Bolsonaro e Mourão”, afirma o diretor do Sindicato Anderson Elias Xavier, o Costelinha.