Entregadores de aplicativos fazem greve nesta quarta. Saiba como apoiá-los

Movimento organizado pelos trabalhadores de plataformas de entrega como iFood, Rappi, Loggi e Uber Eats, o ‘Breque dos Apps’ promete paralisar os serviços nesta quarta-feira (1º). 

A greve tem como principal motivação denunciar a situação precária de trabalho oferecida pelas empresas. Como usuário, você também pode apoiá-los: não peça nada neste dia e deixe o seu comentário solidário ao movimento nas redes sociais das empresas.

Uma das principais reivindicações é pelo fim dos bloqueios arbitrários dos aplicativos, que forçam o entregador a trabalhar sete dias por semana, até 12h por dia, para poder continuar a trabalhar nas plataformas.

Outra demanda é pelo aumento da taxa repassada pelos serviços prestados. Atualmente eles recebem de R$2 a R$3 por entrega. É muita precarização!

Os trabalhadores que atuam como entregadores em aplicativos sofrem com a exploração abusiva das relações trabalhistas, em que a falta de direitos é a regra.

Por serem vistos como “empreendedores”, eles não possuem vínculo empregatício com essas empresas e não têm acesso a garantias elementares, como cobertura previdenciária em caso de acidentes, por exemplo.

Agravamento com a pandemia
Por não terem seus direitos assegurados, estes trabalhadores são obrigados a pagar por todos os custos dos equipamentos usados durante as entregas: a bag (mochila usada para levar os produtos), as roupas e o próprio veículo (moto ou bicicleta); as plataformas não arcam com nada. 

Com a pandemia do coronavírus, o problema se agravou, pois o volume de entregas aumentou e os entregadores precisam se arriscar sem nenhum tipo de apoio das empresas.

“O Sindicato sempre foi, e sempre será, contra a retirada de direitos e a precarização do trabalho. Manifestamos todo o nosso apoio à greve dos entregadores. Como usuários, vamos fazer a nossa parte e não pedir nada nos aplicativos neste dia 1º”, afirmou o vice-presidente do Sindicato, Renato de Almeida.