Em defesa do trabalhador

Para enfrentar crise do coronavírus, General Motors, Embraer e outras empresas não precisam reduzir salários e direitos

Diante da pandemia e da crise econômica, não é preciso escolher entre “salvar vidas” ou “garantir empregos”

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Testes do covid-19
Testes do covid-19

Diante da pandemia do coronavírus, a defesa da vida é a principal tarefa de toda a sociedade neste momento. No caso dos governantes, é o principal dever. Todos os esforços têm de ser para deter o avanço do vírus e o aumento do número de vítimas.

Neste sentido, o isolamento social é a única forma de impedir a explosão de casos e o colapso dos sistemas de saúde. Os governos que trataram essa medida com descaso, tais como a Itália e os Estados Unidos, hoje são responsáveis pelo número estarrecedor de mortes em seus países.

Defendemos que é preciso decretar quarentena geral e licença remunerada, inclusive para os trabalhadores que não atuam em empresas de serviços essenciais. Aos que seguirem trabalhando, por se tratar de produção essencial, as empresas devem garantir todas as condições de saúde e segurança. Não somos bucha de canhão.  

Agora, temos visto outra ofensiva do governo e das empresas para jogar o custo da crise sobre a classe trabalhadora. Os efeitos da pandemia ainda nem se concretizaram e a proposta de Bolsonaro e dos patrões é reduzir salários, direitos e suspender os contratos dos trabalhadores.

Falam em “negociação” para garantir a “sustentabilidade” das empresas. Mas, na prática, são chantagens que forçam os trabalhadores a escolherem entre salários reduzidos ou preservação do emprego. Num país onde não há estabilidade no emprego, não há escolha. Há imposição.

A postura das empresas é incentivada pelo governo de ultradireita e ultraliberal de Bolsonaro. A Medida Provisória 936 não impede demissões e permite que os patrões imponham redução salarial e suspensão de contratos até mesmo em negociações individuais, medida que agora foi modificada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

A GM ou a Embraer não têm motivos para reduzir salários. As duas empresas, assim como outras, acumularam muitos lucros nos últimos anos. São favorecidas com benefícios fiscais, têm financiamentos a juros irrisórios via BNDES e tantos outros privilégios. Todos foram garantidos sem que os governos tivessem exigido a geração e estabilidade dos empregos.

Diante da pandemia e da crise econômica, não é preciso escolher entre “salvar vidas” ou “garantir empregos”. O que deve ser feito é enfrentar essas duas situações. Isso não é só necessário. É possível e urgente.

Basta que governos e empresas usem os recursos (que, aliás, são nossos impostos) para defender a saúde, os empregos e os direitos dos trabalhadores. 

É preciso proibir demissões, decretar estabilidade no emprego, proteger os salários e direitos, garantir renda para os informais e população mais pobre, ampliar o seguro-desemprego, garantir financiamento para pequenos e microempresários preservarem os empregos, entre outras medidas.

É necessário também reconverter a produção de algumas empresas para a fabricação de respiradores mecânicos, leitos hospitalares e outros equipamentos necessários ao combate à covid-19. 
A pandemia do coronavírus tem demonstrado como o sistema capitalista é irracional e desumano. Centenas de milhares de vidas estão sendo perdidas e muitas ainda estão ameaçadas.

É preciso deter este sistema em que um pequeno número de bilionários controla tudo e está nos levando ao caos. Precisamos defender a vida e lutar pela construção de um mundo novo, uma nova sociedade socialista, antes que seja tarde demais.

Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região


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