Felicio contra o funcionalismo

Câmara aprova reforma que ataca aposentadoria dos servidores de São José

Valor dos benefícios será drasticamente reduzido em razão dos descontos

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Servidores protestam contra reforma na Câmara
Servidores protestam contra reforma na Câmara - Foto: Roosevelt Cassio/Sindmetalsjc

Os vereadores que apoiam o prefeito Felicio Ramuth (PSDB) fizeram-se de surdos diante dos protestos dos servidores que lotaram a galeria da Câmara Municipal de São José dos Campos, nessa quinta-feira (20). Foi a noite de votação do projeto da reforma da Previdência do funcionalismo, aprovado por 13 votos.

Assim como vinha acontecendo nas últimas semanas, a sessão foi marcada por manifestações contrárias à reforma. Mesmo assim, a maioria dos vereadores preferiu ficar do lado do governo Felicio e dar as costas para os servidores.

A reforma da Previdência vai elevar de 13% para 14% a alíquota de contribuição dos servidores ativos e inativos. Mas o que mais vai atingir o bolso do funcionalismo será a mudança no teto de isenção dos aposentados.

Hoje os inativos contribuem sobre o valor que ultrapassasse o teto do RGPS (Regime Geral da Previdência Social), fixado em R$ 6.101,06. Pela reforma, a contribuição passará a ser calculada sobre o que exceder ao salário mínimo (R$ 1.045).

Atualmente, os aposentados que recebem até cinco salários mínimos não contribuem. Se a reforma for aprovada, eles vão precisar contribuir com 14%.

Pensões reduzidas
Os pensionistas também serão afetados. Eles receberão apenas 70% da cota familiar da pensão por morte, e não mais os 100% garantidos antes da reforma. Na verdade, Felicio queria que a cota fosse ainda pior, de 50%, mas uma emenda coletiva derrubou essa proposta.

“O governo Felicio e esses vereadores estão cometendo um crime contra os servidores. Muitos aposentados certamente terão que voltar a trabalhar para compensar as perdas provocadas por esta reforma”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.

Para não esquecer

Votaram a favor da reforma:
Cyborg (PV)
Dilermando Dié (PSDB)
Dr. Elton (MDB)
José Dimas (PSDB)
Juvenil Silvério (PSDB)
Lino Bispo (PL)
Marcão da Academia (PTB)
Calasans Camargo (PRP)
Robertinho da Padaria (Cidadania)
Roberto do Eleven (Republicanos)
Sérgio Camargo (PSDB)
Valdir Alvarenga (SD)
Walter Hayashi (PSC)

Votaram contra a reforma:
Flávia Camargo (Republicanos)
Zé Luís (PSD)
Amélia Naomi (PT)
Juliana Fraga (PT)
Wagner Balieiro (PT)

Ausentes:
Dulce Rita (PSDB)
Esdras Andrade (SD)
Maninho Cem Por Cento (PTB)

 


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