Trabalhadores da Status aprovam proposta de suspensão de contratos por 60 dias
Luta agora é pelo pagamento de 100% das dívidas trabalhistas
Os metalúrgicos da Status Usinagem aprovaram a proposta de acordo que adota a suspensão de contratos de trabalho por 60 dias. A votação foi feita em assembleia, nesta quarta-feira (13), na sede do Sindicato, com a presença virtual de representantes da Justiça do Trabalho e Ministério Público do Trabalho.
Para que o acordo seja de fato celebrado, ainda depende de aceitação por parte da empresa. Pela proposta, apresentada pelo MPT, os trabalhadores receberão seus salários com base na Medida Provisória 936. O governo federal ficaria responsável pelo pagamento de 70% do salário, e os 30% restantes seriam pagos pela empresa. Também foi determinado o pagamento das verbas rescisórias a todos os demitidos. A luta dos trabalhadores continua até que a Status pague 100% de sua dívida trabalhista.
Conquista
Depois de muita pressão e luta feitas pelo Sindicato, os trabalhadores irão dividir um montante de R$ 228 mil, em partes iguais. Esse valor refere-se à antecipação dos 30% do salário por dois meses e das verbas rescisórias. O dinheiro já foi depositado em conta do Sindicato, que fará a o repasse ainda hoje.
Também a pedido do Sindicato, a Justiça liberou o saque do FGTS. Entretanto, a empresa deve cerca de três anos do benefício.
Ação movida pelo Sindicato
A Status anunciou no dia 13 de abril o fechamento de sua fábrica em São José dos Campos e a demissão de todos os funcionários, sem o pagamento de verbas rescisórias. A decisão foi tomada sem negociação com o Sindicato.
Diante dessa situação, o Sindicato entrou com uma ação na Justiça do Trabalho e conseguiu a suspensão de todas as demissões. A empresa tentou, sem sucesso, reverter a decisão judicial.
Após duas audiências, chegou-se à proposta de acordo aprovada nesta quarta-feira.
“Esta proposta foi construída para amenizar o impacto das demissões sobre os trabalhadores. Lutamos em defesa dos empregos e direitos e continuaremos lutando para barrar qualquer outra tentativa de ataques contra os metalúrgicos”, afirma o diretor do Sindicato José Dantas Sobrinho.
Assembleia
Durante a assembleia, os trabalhadores da Status puderam tirar dúvidas sobre a proposta, diretamente com o juiz Rodrigo Adélio Linares e com a procuradora do Ministério Público do Trabalho Celeste Maria Ramos Marques Medeiros. Os dois participaram virtualmente da assembleia, a convite do Sindicato.
O juiz Linares ressaltou a tendência de aumento do desemprego no país e a dificuldade que os demitidos terão em conseguir uma nova ocupação. O acordo seria uma forma de os trabalhadores garantirem renda por mais dois meses. Após esse período, eles receberiam o seguro-desemprego.
A procuradora Celeste também demonstrou bastante preocupação com esse período, em que certamente haverá uma grande corrida por novos empregos. “O ideal é que agora os trabalhadores fiquem em casa e não se preocupem com a procura de emprego. A ideia desse acordo é garantir um maior período de renda”, afirmou, referindo-se à necessidade de isolamento social como prevenção ao coronavírus.
Para a realização da assembleia, o Sindicato seguiu todos os protocolos de segurança contra a covid-19.
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