Enquanto Bolsonaro corta salários, outros países preveem suporte aos trabalhadores

Jair Bolsonaro tem atuado na contramão dos principais líderes mundiais frente à crise gerada pelo novo coronavírus. Se na Europa, Estados Unidos e Canadá os governos têm procurado dar subsídios à população afetada, no Brasil o governo se aproveita da crise para atacar ainda mais os trabalhadores.

É o caso da Medida Provisória 927, assinada no domingo (27), que permite aos patrões suspender o pagamento dos salários por até quatro meses.

No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Jonhson anunciou que o governo britânico irá bancar até 80% dos salários de trabalhadores que ficarão afastados durante a quarentena. O mesmo subsídio será adotado em Portugal, que durante este período assumirá a responsabilidade por até dois terços dos salários.

Já nos Estados Unidos, Donald Trump prometeu que enviará cheques de mil dólares aos trabalhadores norte-americanos. Por sua vez, as famílias canadenses receberão do governo 15 mil dólares canadenses. Segundo o primeiro-ministro Justin Trudeau, a quantia servirá para que a população pague contas fixas, como o aluguel. 

França suspende reforma da Previdência
Um dos países com maior número de infectados pelo coronavírus na Europa, a França também anunciou medidas para reduzir os graves danos à população. O presidente Emanuel Macron suspendeu a cobrança das contas de água, luz e aluguel. A tramitação da reforma da Previdência também foi suspensa no parlamento.